A soja é uma necessidade para todos

Por tantos aspectos positivos ligados a esse milagroso grão, é fácil ver que a soja não é só para vegetarianos.

Há poucos anos a soja vem se tornando um alimento mais presente na alimentação do brasileiro. A soja é uma leguminosa,assim como o feijão,
A ervilha, a lentilha e o grão de bico. Supernutritiva contêm proteínas, vitaminas, minerais e fibras. Sua proteína se compara a proteína animal, 100g de soja fornece a metade da quantidade diária de proteínas recomendada para um adulto. Ela, tranqüilamente pode substituir a carne.
A ação das isoflavonas vem sendo intensamente pesquisada na última década e todo o mecanismo de ação, bem como as quantidades indicadas e seus efeitos, têm comprovação por inúmeros trabalhos científicos, que foram e estão a ser desenvolvidos em todo o mundo. E é uma alternativa natural, sem efeitos colaterais, não apresentando nenhuma contra indicação.
Especialistas dizem que a melhor maneira de aproveitar os benefícios das isoflavonas é combinando-a com a proteína da soja, sendo assim, melhor do que consumir cápsulas isoladas de isoflavonas é consumir a própria soja.
O consumo diário de grãos de soja pode reduzir a pressão arterial anunciaram pesquisadores nos estados unidos.
A proteína de soja beneficia o organismo de diversas maneiras, sendo indicada para jovens, adultos, idosos e atletas. Muitos países do mundo estudam a soja como um produto capaz de prevenir uma série de doenças, além de reabilitar doentes. Congressos médicos mundiais já incluem a soja em suas pautas de discussão e a sinalizam como sinônimo de saúde. Pesquisas do mundo inteiro já confirmaram: as dietas ricas em fibras e com baixos teores de gordura saturada, aliadas a exercícios físicos e estilo de vida saudável, podem auxiliar no controle da obesidade e proteger o organismo contra doenças cardiovasculares, câncer osteoporose e diabetes. Para pacientes diabéticos que apresentam complicações da doença, a quantidade protéica a ser ingerida deve receber orientação nutricional específica.

Os grãos de soja contêm um composto denominado genisteína, pertencente a uma família de substâncias conhecidas como isoflavonas (fito estrógenos), que “imitam” o efeito do estrógeno no corpo.

“a genisteína tem demonstrado ser um nutriente importante para a diminuição da reabsorção óssea em mulheres idosas com osteoporose. Além disso, alguns estudos em animais demonstram que as isoflavonas da soja (incluindo a genisteína) também podem elevar os marcadores de formação óssea. Isso é muito importante, pois não é somente a genisteína que parece atuar na reabsorção e na formação óssea, mas as isoflavonas em conjunto”, afirma a nutricionista e profª Lígia Martini, da faculdade de saúde pública da USP e coordenadora do atendimento nutricional de pacientes com osteoporose na unifesp-epm. Desde a década de 80, a pesquisa do potencial estrogênico das isoflavonas da soja não pára de avançar. Estudos observacionais realizados no Japão revelaram os benefícios da soja na saúde das japonesas em idade de menopausa. Hormônios derivados de plantas atuam de forma diferenciada no organismo. Por exemplo, a genisteína não interage com todos os receptores de estrogênio do ser humano. Sua ação é similar a de substâncias denominadas SERM (selective estrogen receptor modulator - moduladores seletivos de receptor de estrógeno) usadas como reposição por mulheres que tem contra-indicação para a TRH (terapia de reposição hormonal).

Um modelo experimental com roedores foi realizado na universidade de saúde pública da Carolina do norte (EUA) para estabelecer o efeito dose-resposta e alterações gerais no tecido ósseo após períodos de tratamento com isoflavonas. O resultado mostrou que a adição dessa substância na ração dos animais que sofriam de osteoporose contribuiu para o incremento de massa óssea, quando comparado a animais que não receberam as isoflavonas na dieta.

De acordo com um estudo realizado recentemente no centre for metabolic bone disease, localizado no reino unido, a genisteína demonstrou exercer um efeito anabólico nos ossos, ou seja, aumenta a massa óssea. A genisteína configura-se, então, como um agente anabólico oral potencialmente útil para a prevenção e o tratamento da osteoporose.

Lígia Martini recomenda que “as pacientes com osteoporose ou aquelas com redução de massa óssea ou mesmo que querem prevenir a doença incluam, em sua alimentação diária, leite e derivados desnatados (3 porções/dia), frutas e vegetais variados (5 porções/dia), evitem excesso de carnes vermelhas dando preferência às carnes brancas (1-2 porções/dia) e sempre que possível ingiram algum derivado de soja, como o tofu, ou o leite de soja (1-2 porções/dia), além de evitarem o excesso de sal.”Mais informações sobre essa pesquisa podem ser encontradas no site brasilmedicina.com.br .
Além de ser importante para a prevenção e o tratamento da osteoporose na saúde feminina, reduz o colesterol, protege o coração, alivia sintomas da menopausa, previne o câncer de mama, bem como recomendado a saúde do homem reduz o colesterol, protege o coração, previne o câncer de próstata, entre outros benefícios.
Mas os benefícios da soja não param por aí. Sabe-se que ela tem um papel importante na nutrição das células cerebrais, no controle do colesterol e na prevenção da queda de cabelos. Como contribui para a metabolização e a eliminação da gordura no organismo, é procurada também por pessoas que querem emagrecer. Cada pequeno grão de soja é composto de 33% de proteína e apresenta a mesma quantidade de aminoácidos presente no ovo ou no leite. Além de vitaminas (b, e, e k), é rica em minerais (cálcio, potássio e ferro) e fibras.
A palavra proteína é originária do grego proteus, que significa “o fator mais importante”. As proteínas do plano alimentar estão envolvidas na síntese do tecido protéico e em outras funções metabólicas específicas, como processos anabólicos, fonte de energia, papel estrutural, etc. A recomendação de ingestão diária é, em geral, de 15% a 20% do valor calórico total. Daí se explica por que o teor de proteína presente na soja seja uma de suas qualidades mais destacadas. Com toda a razão, a soja foi indicada como o alimento ideal para a preservação da saúde no século xxi.
Os benefícios desse grão já foram constatados em dezenas de pesquisas que compararam as populações orientais, que comem soja diariamente, com as ocidentais, que pouco se alimentam desse grão. A constatação principal é que a mulher oriental sofre menos os efeitos da menopausa, como as ondas de calor, a irritação, a depressão, a perda de libido, além de apresentarem menor incidência de câncer de mama, de osteoporose e doenças do coração.
O departamento de ginecologia do hospital das clínicas de São Paulo, ligado à universidade de São Paulo (USP), analisou, durante quatro meses, 98 mulheres saudáveis, mas com queixas de desconfortos, como ondas de calor, irritabilidade, insônia, etc. Delas, 50 receberam um alimento à base de soja, rico em proteínas, isoflavonas e cálcio. As demais recorreram à terapia de reposição hormonal clássica (estrogênio e progesterona). Os resultados foram comemorados. Nos dois grupos, os sintomas foram reduzidos. De acordo com a coordenadora da pesquisa, a médica ginecologista Ângela Maggio da Fonseca os resultados com o uso do alimento foram tão bons quanto à TRH empregada, com a vantagem de não ocasionar os efeitos indesejáveis da terapia de reposição hormonal. Mais informações sobre essa pesquisa e o alimento podem ser encontradas no site http://www.estudosojamenopausa.com.br

A soja contém uma substância chamada de isoflavona, que apresenta uma estrutura química muito semelhante à do estrogênio humano. Por esse motivo é também chamada de fito estrogênio.

. Pela semelhança com o estrogênio natural, a isoflavona da soja pode diminuir a intensidade e a freqüência das ondas de calor em aproximadamente 50% a 60% das mulheres na menopausa.
A proteína da soja está associada a uma diminuição da concentração do colesterol sérico, do colesterol LDL e das triglicérides.
As proteínas da soja são menos alérgicas do que as do leite.
Contém metionina suficiente, mesmo sendo a única fonte de proteínas na dieta alimentar. Mantém o balanceamento de azoto nos adultos e suporta o crescimento em jovens, crianças e bebês.
É verdade que a soja contém também certas substâncias que podem causar problemas ao ser humano?
Estas substâncias são os chamados agentes anti-nutricionais, que estão presentes em todos os alimentos de alguma forma ou concentração. No espinafre e no tomate é o ácido oxálico; nos alimentos integrais, principalmente nas fibras, é o ácido fítico e nas leguminosas (os feijões, ervilhas e a soja) estão presentes algumas destas substâncias como o ácido fítico, as lectinas e a tripsina. Ou seja, em todos os feijões estas substâncias estão presentes, mas, o povo brasileiro, grande consumidor de feijões, deve saber que o cozimento e o consumo adequado – sem exageros e composto com outros alimentos vegetais – não acarretará problemas; ao contrário, os componentes ativos e benéficos da soja sempre estarão lá para fazerem a sua parte.

É um desafio levar uma vida saudável nos dias de hoje. Consumir corretamente a quantidade e os nutrientes necessários para nosso organismo funcionar bem, pode ser difícil para quem tem uma vida agitada e uma agenda lotada.
Portanto enquanto não nos conscientizarmos que a soja é uma necessidade, continuaremos a deixar de desfrutar de tantos benefícios
Importantíssimos para o nosso bem estar e da tentativa de recuperar os danos causados por uma
Série de alimentos prejudiciais à
Nossa saúde.
E como vou saber se a soja é transgênica?
Procurando fornecedores idôneos ou de cultura orgânica. Mas saibam que enquanto todos ficam de olho na soja, muitos alimentos do nosso dia-a-dia já são massivamente transgênicos (exceção somente para os orgânicos) como é o caso do tomate e do pepino. Querer evitar 100% os transgênicos já pode ser considerado uma utopia, tipo querer respirar ar puro. O poder econômico já ultrapassou limites que dificilmente poderão ser retomados.

A diabetes e a soja

A diabetes ocorre quando as células não conseguem obter a glicose (açúcar do sangue) que elas necessitam para ter energia e sobreviver.
Normalmente, a glicose é produzida pela quebra de carboidratos complexos como os dissacarídeos e os amidos. As células necessitam de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, para absorver a glicose. Em pessoas diabéticas tipo 2, a insulina está presente no sangue, mas as células não conseguem reconhecê-la como tal, não absorvendo a glicose.
Pesquisas sobre os efeitos da soja na diabetes têm demonstrado que o teor de glicose na urina de pessoas diabéticas que consomem soja é menor do que naquelas que não consomem, sinalizando um aumento da habilidade das células para a absorção da glicose.
As fibras solúveis, fartamente encontradas na soja e alguns dos seus derivados, podem auxiliar na regulagem dos níveis de glicose, porque favorecem na liberação mais lenta e gradual deste açúcar na corrente sangüínea.
Estudos revelam que uma dieta rica em fibras e carboidratos específicos pode auxiliar as células a se tornarem capazes de reconhecer a insulina na corrente sangüínea. É importante observar, entretanto, que o conteúdo de fibras pode variar bastante entre os alimentos derivados de soja.

A hipoglicemia e a soja

A hipoglicemia é uma disfunção fisiológica, na qual o pâncreas produz insulina com exagero diante do aumento da liberação de glicose na corrente sangüínea. Isto faz com que as células absorvam rapidamente a glicose disponível no sangue, provocando a hipoglicemia, ou seja, uma redução drástica na taxa de glicose no sangue. As conseqüências são fadiga, enjôo e tontura.
Estudos revelam que as fibras da soja, juntamente com os seus oligossacarídeos, cumprem o benéfico papel de absorverem a glicose gerada durante o processo digestivo, tornando mais lenta e gradual a sua liberação para a corrente sangüínea, evitando assim o excesso de produção de insulina pelo pâncreas e a hipoglicemia.

O câncer de pele e a soja

Uma pesquisa realizada na universidade Berkeley, EUA, cujo estudo foi publicado no periódico cancer research (15/outubro/2001), mostra que a incidência de câncer de pele em camundongos diminui com a aplicação da lunasina, uma proteína da soja.
Há dois anos, os mesmos pesquisadores descobriram que a injeção do gene da lunasina em células cancerosas em cultura, interrompia a divisão celular.
Em trabalho mais recente, testaram a possibilidade da proteína prevenir células normais de se tornarem cancerosas tanto em cultura como em camundongos.
A lunasina poderia ser encarada como um agente NK (natural killer) que ao identificar uma célula normal se transformando, a ataca e destrói.

O colesterol e a soja

Em 1999, o FDA, órgão do governo americano que regulamenta o uso de medicamentos e alimentos, reconheceu que o consumo de alimentos contendo proteína de soja auxilia no combate ao colesterol, como também na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares.
Pesquisas realizadas nos EUA, Europa e Japão têm sinalizado que as proteínas de origem vegetal são mais benéficas à saúde do que as de origem animal. Um fator determinante, elas atuam reduzindo o colesterol total e o LDL (low density lipoprotein), popularmente conhecido como “mau” colesterol.
A ingestão diária de 25 gramas de proteína de soja pode reduzir em até 30% os níveis do LDL, ao mesmo tempo em que ocorre um estímulo para a produção do “bom” colesterol (HDL – high density lipoprotein).
Uma explicação para esta redução pode ser pelo aumento da excreção de sais biliares pelas fezes (principal forma de eliminação do colesterol) ou pelo aumento do metabolismo do colesterol, para compensar o aumento na eliminação de sais biliares.
Além disso, o consumo de proteína da soja diminui a relação insulina x glucagon, hormônios que estão envolvidos no metabolismo do colesterol.
A soja também é fonte de ácidos graxos mono e poliinsaturados e da lecitina de soja que favorecem as artérias, veias e vasos, tornando-os mais flexíveis e desobstruídos, que aliados às isoflavonas, previnem a arteriosclerose e a trombose, que são processos de obstrução das artérias.
Um fosfolipídio encontrado em elevada concentração na soja
(2 a 2,5%), a lecitina é um excelente coadjuvante para a boa preservação das artérias do coração, quando ajuda a reduzir os níveis de colesterol e triglicérides do sangue.
As quantidades indicadas na tabela a seguir equivalem a 25 gramas de proteína de soja. O ideal é alternar estas fontes e integrá-las com outros alimentos naturais como frutas, legumes, cereais integrais e verduras.

A menopausa, a TPM e a soja

A menopausa e a tensão pré-menstrual (TPM) são características de alterações hormonais, principalmente no nível de estrógeno no sangue.
As taxas de estrógeno diminuem durante o ciclo menstrual, causando a famosa TPM.
Porém na menopausa, quando os níveis de estrógeno no corpo diminuem em até 70%, podem ocorrer muitas alterações fisiológicas: a dificuldade na regulagem da temperatura do corpo como os suores noturnos e as ondas de calor, o ressecamento da pele, o ressecamento da vagina, a insônia, as dores de cabeça, a queda de cabelos, a irritação, a ansiedade e a depressão.
Diante deste quadro de desconforto generalizado, acompanhado de apatia e mudanças de humor, muitas optam pela reposição hormonal feita com medicamentos sintéticos. Esse tipo de tratamento aumenta os riscos da mulher desenvolver um câncer de mama, por exemplo.
Estudos recentes sugerem que alimentos à base de soja podem reduzir tais incômodos. Portanto, antes da decisão pela reposição hormonal para combater os sintomas da menopausa, deve ser considerada uma pequena mudança nos hábitos alimentares.
Pesquisadores australianos, após vários estudos, concluíram que as mulheres que consomem diariamente meio copo de farinha de soja (kinako), o que equivale a 25 gramas de proteína, apresentaram significativa redução nos sintomas da menopausa. Como já colocado anteriormente, a ingestão da farinha de soja é muito mais efetiva do que as cápsulas isoladas e concentradas de isoflavonas, porque estes fitos estrógenos da soja apresentam seu melhor desempenho quando integrados a proteína e todos os demais componentes da soja.
Observar na tabela abaixo o teor de isoflavonas na soja e alguns de seus derivados.
A descoberta explica por que mulheres asiáticas sofrem muito menos com a menopausa. As japonesas, por exemplo, consomem entre 50 e 70 g de soja ou derivados por dia. Convém lembrar também que, juntamente com hábito alimentar do consumo da soja, o oriental ingere mais alimentos integrais, vegetais e peixes.
As isoflavonas, apesar da semelhança com o estrógeno humano ou sintético, apresentam atividade cerca de 100.000 vezes mais fraca, não causando a desvantagem de provocar efeitos colaterais.

A osteoporose e a soja

A osteoporose é uma dificuldade na saúde dos ossos, causada pela perda de massa e resistência dos ossos, enfraquecendo-os, tornando-os porosos e mais propensos a fraturas. Hoje se sabe que ela atinge homens e mulheres, nas mais diversas idades, mas as principais vítimas são as mulheres na pós-menopausa.
Mulheres na pós-menopausa são as principais candidatas à osteoporose, quando estão desprotegidas então pelo declínio dos níveis de estrógeno, um hormônio que inibe as perdas ósseas.
Mas, num processo natural, depois dos 30 anos, os ossos começam a parar de crescer e absorvem menos cálcio.
Entretanto, outros fenômenos também podem acelerar ou predispor pessoas mais jovens à osteoporose, como uma alimentação e hábitos antagônicos à formação e/ou manutenção dos ossos.
Existem inúmeras causas associadas à osteoporose e uma das mais importantes é a ingestão de cálcio.
Pesquisas recentes têm revelado que mulheres entre 19 e 50 anos de idade consomem cerca de 500 mg de cálcio diariamente, enquanto meninas adolescentes, consomem menos que 2/3 do valor diário que é de 700 mg/cálcio/dia.
Neste aspecto, a soja apresenta elevado teor de cálcio, mas seu aproveitamento é parcial pela presença do ácido fítico, que tende a formar fitato com cátions divalentes como o cálcio, ferro, zinco e magnésio. E este é um dos motivos pelo qual o consumo da soja e seus derivados devem ser integrados com frutas e vegetal. Mas existem outros aspectos muito positivos que indicam o consumo da soja na prevenção e tratamento da osteoporose.
Os ossos são extremamente dinâmicos e estão em constante renovação celular. Cerca de 15% da massa total dos ossos é substituída anualmente, e aproximadamente 7 gramas de cálcio sai e entra nos ossos todos os dias. Embora a ingestão de cálcio seja importante, a quantidade de cálcio retido pelo organismo é determinante para a saúde dos ossos.
Um dos fatores que aumenta a perda de cálcio pela urina é a qualidade da proteína. Observe-se o fato de que em países onde o consumo de proteína animal é mais elevado, o índice de fraturas também é maior.
Em comparação, a proteína da soja produz menor excreção de cálcio pela urina. Por exemplo: um estudo demonstrou que indivíduos que consumiram apenas proteína animal excretaram 150 mg de cálcio/dia, e os indivíduos que consumiram apenas proteína de soja excretaram 13 mg por dia.
O consumo de 40 gramas de proteína de soja por dia, durante 6 meses produziu resultado positivo, com ganho de resistência óssea, em um grupo de teste de mulheres na pós-menopausa.
Estudos realizados na universidade de illinois, urbana - EUA têm demonstrado que mulheres que consomem soja com freqüência apresentam aumento na densidade dos ossos da coluna vertebral, e sinalizam um papel importante dos isoflavonóides da soja na manutenção da saúde dos ossos.
Uma curiosidade: a daidezeína, os isoflavonóides da soja, são muito similares a uma droga largamente utilizada na Ásia e Europa para tratar osteoporose.
Inúmeros fatores podem afetar a saúde dos ossos, como a fundamental prática de atividade física ou caracteres hereditários. Entretanto muitos estão associados com a dieta e a soja pode contribuir com a saúde dos ossos por que:
• é fonte de cálcio de fácil absorção, principalmente se enriquecida com frutas, legumes e verduras.
• a proteína da soja afeta favoravelmente o metabolismo do cálcio,
• os isoflavonóides da soja inibem a perda óssea.

A memória e a soja
À medida que nossa população envelhece, aumenta o número de pessoas com perda progressiva e intensa de memória. Ocorre uma lenta e contínua degeneração das células cerebrais, conduzindo aos quadros de demência. Infelizmente pouco se pode fazer por tais pacientes depois que o quadro já está instalado e a única e melhor alternativa atualmente é a prevenção.
As últimas pesquisas têm mostrado que a proteína da soja melhora a memória bem como a atividade do cérebro como um todo. Se considerarmos o Japão, onde a ingestão da proteína da soja é muito maior que no ocidente, a taxa de incidência de Alzheimer e outros tipos de demência são bem menores.
Como já demonstrado anteriormente, a soja e seus derivados integrais, são alimentos ricos em óleos nutricionais, fosfolipídios e fitosteróis, substâncias que podem afetar positivamente o desenvolvimento cerebral, incluindo a memória e a inteligência.
Pesquisas científicas têm demonstrado que a lecitina, o principal representante dos fosfolipídios da soja, é altamente benéfica na recuperação da estrutura dos nervos, pode prevenir e melhorar dificuldades com a memória, especialmente a perda moderada de memória associada com o envelhecimento.
O consumo diário da soja, dos seus derivados que preservam a fração oleosa, como também da lecitina de soja, pode incrementar a memória de adultos normais e ajudar a reduzir os “momentos de perda temporária de memória”.

O câncer e a soja

Segundo o instituto nacional do câncer dos EUA, um terço das mortes por câncer está ligado a uma dieta inadequada. A alimentação ideal para reduzir o risco de câncer deve ter mais fibras, frutas e vegetais e menos gordura e proteína animal.
Conforme já visto anteriormente, a soja e a maioria dos seus derivados costumam conter proteína de qualidade ímpar, baixo teor de açúcar, óleo nutricional, fibra em qualidade e proporção adequada, além de uma vasta gama de outros nutrientes importantes.
Estudos indicam que alimentos à base de soja ajudam na prevenção contra vários tipos de câncer, como os do pulmão, do colo do útero, dos intestinos, do estômago e da próstata.
Mulheres que consomem regularmente produtos derivados de soja apresentam 54% menos chance de desenvolverem câncer de útero.

As isoflavonas da soja, classificadas como fito estrógenos, são apontadas como os principais compostos presentes na soja capazes de prevenir o aparecimento de vários tipos de câncer.
Estes fitos estrógenos são encontrados em quantidades significativas na soja e derivados como o kinako e a carne de soja (PTS), variando segundo o processamento de obtenção.
Importante ressaltar que a ingestão da farinha de soja é muito mais efetiva e econômica do que as onerosas cápsulas isoladas e concentradas de isoflavona. Isto porque a isoflavona apresenta seu melhor desempenho quando integrada à sua proteína e todos os demais componentes da soja.

Apesar das muitas evidências, a comunidade científica ainda não conseguiu estabelecer com total clareza quais os mecanismos fisiológicos de atuação e ação preventiva que apresentam os compostos da soja. Uma das formas de atuação destes isoflavonóides pode ser a inibição do crescimento e disseminação de muitos tipos de células tumorais.
Todo estrógeno precisa se ligar a um receptor para poder funcionar. É como um sistema chave-fechadura. A chave é o estrogênio e o receptor, ou seja, a fechadura é uma estrutura formada por proteínas (o DNA), que estão presentes em algumas células de órgãos como próstata, útero, ovário e mama, e que são sensíveis para receber a chave (o estrogênio). Porém, se essa chave for muito “forte”, que é o caso dos hormônios estrogênicos sintéticos, ela pode danificar a fechadura, ou seja, o DNA que representa o relógio controlador do correto crescimento e multiplicação celular.

Os fitos estrógenos da soja, que apresentam ação estrogênica moderada, desempenham a função de se encaixarem rapidamente nos receptores estrogênicos, bloqueando-os, ou seja, impedindo o acesso dos estrógenos fortes, mas tendo pouco efeito sobre o DNA e o crescimento das células da mama, próstata e outras.

Além das isoflavonas, outras substâncias, também presentes nos grãos da soja, auxiliam na prevenção e controle de alguns tipos de câncer. Dentre esses compostos estão às fibras, os oligossacarídeos, os inibidores de proteases (it) e as saponinas.
A eficácia da soja na prevenção e tratamento do câncer irá depender do tipo e local onde ele se manifesta do agente causal e da fase de desenvolvimento da doença. Assim, é legítimo que ocorram variações na eficácia da resposta ao tratamento alimentar.
De qualquer forma, antes que se instale uma doença crônica, a prevenção, com a ingestão diária adequada da soja e seus derivados, é o melhor tratamento.

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